É uma degeneração corneana não inflamatória, geralmente bilateral, que causa o afinamento da córnea levando ao astigmatismo irregular.
Em geral se inicia na adolescência .
QUAL A CAUSA DO CERATOCONE ?
Existem várias hipóteses : alterações bioquímicas da proteína (colágeno), corneana, alergia ocular (hábito de coças os olhos), herança genética, etc. Nenhuma teoria está comprovada.
O CERATOCONE É UMA DOENÇA GRAVE ?
Depende do estágio. Existem várias classificações. A mais simples considera a curvatura da córnea (ceratometria):
Inicial (incipiente):
Menor 45.00
Moderado 45.00 a 52.00
Avançado 52.00 a 60.00
Severo maior 60.00
COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO DO CERATOCONE ?
A topografia corneana é o exame mais preciso, confirmando o diagnóstico e avaliando sua evolução .
A retinoscopia, biomicroscopia e a ceratometria são outros exames úteis.
A alteração frequente do grau e a visão insatisfatória com os óculos podem ser sinais precoces da doença.
A fotofobia (sensibilidade excessiva à luz) é comum.
QUAL O TRATAMENTO DO CERATOCONE ?
Nos estágios iniciais, a visão é satisfatória com o uso de óculos.
O ato de coçar os olhos está associado à progressão da doença.
A mudança deste hábito e o tratamento antialérgico estão indicados.
Se a doença estiver em evolução, em seus estágios mais precoces, o tratamento com cross linking da córnea pode estabilizar o ceratocone.
Nos casos mais avançados, com a doença em progressão, o implante de anel intraestromal (Ferrara) pode evitar ou retardar o transplante de córnea.
Nos casos mais graves, quando não é possível a correção visual com lentes de contato (cicatrizes e irregularidades corneanas), ainda se pode evitar o transplante de córnea com as lentes esclerais.
Na impossibilidade do uso de lentes esclerais, o transplante é necessário.
Em síntese, o tratamento do ceratocone varia de acordo com a sua gravidade.
Com os modernos tratamentos hoje disponíveis, um percentual pequeno dos casos de ceratocone evolui para transplante de córnea.